sábado, 1 de novembro de 2008

Resenha crítica sobre o filme "Arquitetura da Destruição"

O filme Arquitetura da Destruição, cujo diretor é Peter Cohen, traça a trajetória de Hitler e o Nazismo mostrando a sua relação com as artes, tanto plástica quanto arquitetônica. O documentário apresenta a evolução de teorias radicais nazistas que tinham como objetivo purificar e embelezar o mundo. Segundo o contexto deste documentário, a arte, antes de qualquer coisa, é um produto do sentimento humano e como tal está em contato com tudo aquilo que é mais profundo e obscuro do homem. Por ter influência justamente nessa área das idéias, da intelectualidade que arte passa a se tornar uma poderosa ferramenta de manipulação.

Hitler, muito antes de se tornar o Führer, desejava ser um artista. Fez várias pinturas, mas acabou sendo rejeitado por diversas escolas de arte da época, sendo aconselhado a se enveredar na arquitetura, mas assim como na pintura, nunca deixou de ser medíocre. Porém, a Alemanha, por meados da década de 30, vivia uma conturbação quanto à organização da sociedade devido às crises econômicas provocada pela Primeira Guerra Mundial. A Grande Depressão foi a crise culminante para que o país europeu entrasse em colapso. É nesse contexto, então, que surge o nazismo, com ideologias políticas de criar um mundo mais harmonioso, mas o qual tinha aversão aos judeus, aos homossexuais e às mulheres. Com uma meteórica ascendência ao poder, Hitler, o primeiro-ministro ou o chanceler desse novo partido, passou a se utilizar da arte para conceber suas ideologias. Ele acreditava que a dicotomia da ilusão e realidade da arte faria o homem um ser pensante e, portanto superior aos demais (principalmente os que não pertenciam à sua raça: ariana.).

Nesse filme fica claro como a arte tem o poder não só de refletir o que existe na alma humana, mas também de construir ideologias. Não bastou somente o governo nazista utilizar a “ciência”, vincular as idéias falsas de um empobrecimento da raça para que toda uma nação se levantasse contra o mundo, foi preciso fazer com que eles acreditassem que realmente eram superiores que os demais, e essa imagem foi construída inflando o ego dos alemães através das esculturas, pinturas e arquitetura que representavam as características elevadas da raça ariana. Hitler quis alienar as pessoas alemãs, que associou a beleza estética da arte à comprovação de saúde, ou seja, os indivíduos além de serem produtores de artes para não se sentirem inferiores à classe elitista teriam que fazê-las para demonstrar uma boa qualidade de vida. A arte moderna demonstrava as doenças de seus criadores. A arte alemã, a intelectualidade, a saúde.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Contraponto dos textos: Ticiano, Ovídio, e os códigos da figuração erótica do século XVI, e a matéria do jornal Folha de São Paulo

Por Marcela Amaral Bispo Gonçalves

Segundo uma matéria publicada dia 05/10/2008, pelo jornal Folha de São Paulo- RJ, a escola Parque, situada no bairro “aristocrático” da gávea demitiu o professor de literatura Oswaldo Martins Teixeira tendo como motivo o fato de que Teixeira escreve poemas eróticos.Entre esses princípios de uma sociedade que se auto-denomina “liberal”, o que se pode deduzir desse tipo de censura (além de uma total covardia) é que se tratada de uma mera repercussão (ou continuação) do que já foi visto no século XVI, quando os amantes e proferidores da figuração erótica já idôneos em relação À arte, não agradavam a Igreja católica que se sentia no direito de protestar contra o erotismo carregando a ideologia de que esse tipo de expressão regem frutos impuros.
Os pais de alunos desta já citada instituição cometeram o mesmo erro que , segundo o texto “ Ticiano, Ovídio, e os códigos da figuração erótica no século XVI” santo Agostinho cometeu ao adjetivar esse tipo de arte como “licenciosa” e “nefasta”, porém, um erro maior se permite com essa ação inibir a arte, anular qualquer privilégio de conceber uma noção superior de arte .Esse censo de “desestimulação à expansão cultural” deixa uma infinidades de lacunas na sociedade daquela época ,crateras de raciocínio tão imensas que se repercutem até hoje na contemporaneidade.Esta noção acaba estimulando um outro pensamento, o qual define a sábia noção de como é ridículo questionar a arte .Não se pode impelir o desejo carnal fingindo que o mesmo não existe. Não devemos questionar pensadores quando nos explicam da forma mais excepcional e poética tais fenômenos.

Contraponto crítico entre os textos da Folha de São Paulo e o de Carlos Ginzburg - Ticiano, Ovídio e os códigos da figuração erótica no século XVI.

Universidade Estadual de Santa Cruz
Disciplina: teorias da imagem
Docente: Otávio Filho
Discente: Natália Sampaio da Silva


As obras de arte que retratam o erotismo sempre ficaram sujeitas a censura na sociedade, podemos citar como exemplos as pinturas de Ticiano no século XVI que foram duramente criticadas pela igreja ao representar uma má influência aos fieis daquela época, já na atualidade um bom exemplo de censura seria o caso do professor e poeta Oswaldo Martins Teixeira que lecionava em uma escola particular do Rio de Janeiro e foi demitido por publicar em seu blog pessoal poemas eróticos.Nos dois casos citados existe uma tentativa por parte de uma classe "dominate" em censurar temas relacionados á sexualidade humana. Essa tentativa de censura só faz com que o tema seja cada vez mais procurado,assim quanto mais existir repressão sexual mais espaço a pornografia ganha na sociedade,conduzir a sexualidade de forma libertar a pessoa de preconceitos e de ignorâncias e ao mesmo tempo valorizá-la para ser vivida de forma responsável indica um alto grau de maturidade.

Contraponto entre o texto Ticiano, Ovídio e os Códigos da Figuração Erótica no século XVI e o texto sobre a exoneração de Oswaldo Teixeira

POR MARIANA OLIVEIRA


A imagem (ou arte) erótica sempre foi e ainda é motivo para discussão social devido ao fato de representar a frustrada intimidade do ser humano e suas relações e por esse mesmo motivo ser analisada de maneira preconceituosa.
Em suas primeiras manifestações eróticas (século XV e XVI) a arte passou a representar uma série de problemas passando a ter o poder de causar efeitos nefastos, segundo os críticos da época. Um dos primeiros questionamentos era sobre a idolatria dessas imagens e os impactos conturbadores que estas causariam. Nesse período, a religião era controladora das atitudes particulares dos indivíduos, tendo a capacidade de designar quais ações deviam ser tomadas conforme a classe e o sexo. Portanto, pode-se perceber que desde as primeiras aparições da arte erótica há uma maneira de manipular as consumições desse produto visto que sempre foi objeto dicotômico entre a vulgaridade e a sublimação, sacralização e o pecado.
Na contemporaneidade (fala-se aqui do século XXI) a visão preconceituosa ainda impera sobre o erotismo. Televisão, revista, rádio, enfim, diversos meios de comunicação fazem campanhas e propagandas sobre o uso de preservativos, de doenças sexualmente transmissíveis e para a sociedade falar em sexualidade, em libido é um abismo intangível. Isso é medo ou vergonha do não saber realmente o que o sexo proporciona?
É inexplicável como na pós-modernidade ainda é possível censurar um direito: o direito de expressar o que pensa e sente, principalmente, sobre algo cotidiano, comum. A exoneração do cargo de professor de Oswaldo Teixeira (docente de uma escola particular do Rio de Janeiro) publicada no jornal Folha de São Paulo, devido o preconceito dos pais dos alunos sobre as suas artes eróticas não passa de uma ignorância e de egocentrismos e que deve ser levado à justiça para que além de ser provada a intencionalidade do professor, fazer a sociedade repensar sobre a liberdade de expressão e o quão é importante tratar desse assunto para com os jovens.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Contraponto crítico entre os textos da Folha de São Paulo e o de Carlo Ginzburg - Ticiano, Ovídio e Os Códigos da Figuração Erótica no séc. XVI.

ALUNO: Raphael Silva Rios Nascimento


Vivemos em uma sociedade que poderia ser considerada utópica há apenas algumas décadas atrás. Diversos tabus acabaram sendo quebrados, tradições desfeitas e mulheres e negros, por exemplo, antes tão discriminados e deixados à parte, passaram a ter um papel muito mais atuante em toda a sociedade, tanto culturalmente, politicamente como economicamente.
Porém, algo tão natural como o sexo, ainda sofre de um terrível preconceito, que data já desde o século XVI, época em que o erotismo começava a se expandir através das obras de Ticiano, Rafael Sanzio e de muitos outros, e começaram a incomodar principalmente a Igreja, a instituição que dominava o pensamento de toda a sociedade.
Hoje, a situação, infelizmente não difere muito da de séculos atrás, como bem mostra a situação do poeta e professor de literatura Oswaldo Martins Teixeira, demitido no dia 11 de setembro da Escola Parque no Rio de Janeiro. Todo esse problema aconteceu devido ao fato de alguns de seus alunos terem encontrado poesias eróticas de autoria do professor em seu blog na internet.
Os pais dos alunos que acabaram descobrindo sobre os textos, acabaram pressionando a escola para que cuidasse do assunto, resultando na posterior demissão do professor. Casos como esse se repetem em vários outros lugares mas esse soa ainda mais absurdo por se tratar um colégio que tinha a fama de ser um dos mais liberais do estado do Rio de Janeiro. Se antes a igreja era a grande reguladora da vida das pessoas, hoje é o dinheiro na mão que decide os rumos que a sociedade, por mais obscuros que eles possam vir a se tornar.


domingo, 12 de outubro de 2008

Censura e erotismo - contra ponto entre ticiano, Ovidio e os códigos da figuração erótica no séc. XVI e os textos da folha de São Paulo

Aluno: Dimitri Vasconcelos Santos




Sempre alvo de represálias, o erotismo é repudiado e combatido desde a Idade Média pela a Igreja que visava ter um controle absoluto da vida dos seus fiéis. Nessa época o sexo era publicamente aceitável somente para fins de reprodução, não podia ser de forma nenhuma uma busca por prazer.
Em seu texto ”Ticiano, Ovídio e os códigos da figuração erótica no seculo XVI” Carlos Ginzburg diz que uma imagem erótica “em sentido restrito, é uma imagem que se propõe de modo deliberado excitar sexualmente o seu espectador-fruidor”. Com as proibições da Igreja o erotismo ficava sempre restrito ao particular, ao privado.
Atualmente mesmo numa época em que, teoricamente, todos defendem a livre expressão de pensamento, nossa sociedade mostra que nem mesmo as luzes do iluminismo conseguiram apagar os estigmas medievais em relação ao erotismo. Uma prova de que nossa sociedade ainda não saiu completamente do período das trevas foi o recente episódio da demissão de um professor de literatura no Rio de Janeiro. Ao descobrirem que o professor publicava poesias eróticas em seu blog na internet, os pais dos alunos pressionaram o colégio para que o demitisse.
Novamente perseguido por resquícios da Igreja medieval que agora se camufla atras da idéia da “moral e bons costumes”, o erotismo continua sendo abertamente condenado.
Esse incidente absurdo é a demonstração mais clara da hipocrisia e atraso da nossa sociedade atual, que se esconde atrás de um rótulo de uma sociedade democrática, moderna e liberal, mas que na realidade ainda não entende que vivemos agora em uma sociedade da informação livre; uma sociedade que não vê que já não se pode mais controlar tudo que é visto e produzido.
Fatos como esse e tantos outros que ocorrem diariamente em outras áreas e com diferentes intensidades, mostram a real importância do avanço que foram dos ideais iluministas e humanistas para a construção de uma sociedade ideal.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Comentário do texto "Ticiano, ovídio e os códigos da figuração erótica no século XVI"
Por Marcela Gonçalves




Danae de Ticiano
(1490-1576)
Museu do Prado


A estátua Idílio
ou O beijo Eterno
de William Zadig



Vê-se nesse texto uma figuração do poder da arte e de sua fruição, a capacidade do autor de produzir todo um sentido através de uma obra. Esse quase dom de dizer não dizendo pode levar-nos ao padecer de luxúria. Não em uma luxúria vulgar, mais sim uma erótica, pois é do erotismo puro e tentador de que fala o texto, da capacidade que uma imagem possui de exercer um dado fascínio através do olhar, produzindo um desejo quase inefável de participar do que se vê. De uma forma direta ou indiretamente o espectador-fruidor encontra-se sexualmente inserido no espetáculo da arte. Nesse texto em especial a utilização da imagem feminina, pois segundo o autor ele é a personificação do erótico, outra arma do erotismo é a figuração e a mistificação do ato pleno que vai de um simples prazer estético (artigo de luxo) ao puro prazer carnal (sexual).

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ticiano, Ovídio e os Códigos da Figuração Erótica no século XVI


Nascimento de Vénus, Botticell



Bronzino - Vénus, Cupido e as Paixões do Amor. 1540-1545



Por MARIANA OLIVEIRA


Ambigüidade. Essa palavra é a ideal para resumir a proposta do texto, que retrata sobre as artes eróticas num período e contexto de idolatria às imagens religiosas. Artistas como Agostinho e teólogos como Politi e Malanus são figuras que tentaram interpretar e explicar essa dualidade das artes.
A imagem erótica, no século XVI, propôs ao espectador-fruidor uma excitação sexual de modo deliberado. A hierarquia católica explicava-nas afirmando que era uma maneira de controlar a vida sexual e estabelecer uma relação com os fiéis. Porém, por razões históricas, o espectador-fruidor era sempre do sexo masculino e as imagens intencionalmente eróticas reservadas à elite com propósitos culturais e estilísticos – o mitológico – explicadas pela arte clássica. Ou seja, a religião era paradoxal quanto aos conceitos sacros e a massa era inerente tanto às imagens eróticas supra-intencionais quanto a interpretação a existência das mesmas.

Ticiano, Ovídio e os códigos da figuração erótica no século XVI

Universidade Estadual de Santa Cruz
Comunicação Social - II semestre
Discente: Natália Sampaio
Disciplina: Teorias da Imagem
Docente: Otávio Filho


O texto de Carlo Ginsburg aborda a relação da igreja com as imagens eróticas durante o século XVI. Nesse período existia uma forte tentativa por parte da igreja em controlar a vida sexual da sociedade, o público de massa não poderia ter acesso á qualquer tipo de imagem que despertasse o erotismo, elas só eram representadas em um circuito privado direcionado á elite.O autor analiza as obras de Ticiano inspirada em Ovídio para demonstrar como que os artistas do século XVI utilizavam á mitologia clássica para disfarçar a intencionalidade erótica da obra.



VENUS DE URBINO, DE TICIANO

domingo, 28 de setembro de 2008

Comentário - Ticiano, Ovidio e e os códigos da figuração erótica nos séculos XVI e XVII

ALUNO: Raphael Silva Rios Nascimento

O texto de Carlo Ginsburg trata principalmente da presença e das repercussões que as imagens eróticas exerciam sobre a sociedade dos séculos XVI e XVII. Essas imagens representavam mulheres nuas, de uma forma em que o espectador, que eram exclusivamente homens, se identificassem com as ações dos personagens masculinos e se excitassem sexualmente. Porém, vivia-se num período em que a Igreja regulava todas as ações do homem e ela então buscava eliminar qualquer traço erótico que estivesse presente nas imagens sacras. Isso acabou relegando essas imagens a serem apenas apreciadas de forma privada pela elite da época.



Santa Maria Madalena (Madalena penitente), de Ticiano - 1530-1535



Retrato de Mulher Nua, de Rafael Sanzio - 1518-1520



Bacanal, de Ticiano

sábado, 27 de setembro de 2008

Ticiano, Ovidio e e os códigos da figuração erótica nos séculos XVI e XVII

Aluno: Dimitri Vasconcelos




Nesse texto Carlo Ginsburg inicialmente comenta sobre como a Igreja visando ter o controle total da vida sexual dos fiéis bane qualquer traço de erotismo nas imagens que utilizava para o ensinamento da Bíblia. Essa restrição das imagens acaba criando uma dicotomia , inclusive de público, entre imagens sacras e eróticas.O erotismo ficou restrito a imagens que eram fruídas de forma privada somente por nobres.

O autor esclarece imagem erótica como uma imagem que pretende, mesmo que não exclusivamente, excitar sexualmente o seu espectador, criando uma identificação do espectador( que era exclusivamente homens) com as ações dos personagens representados.

O autor analisa algumas pinturas de Ticiano ao mesmo tempo em que comenta algumas considerações de estudiosos a respeito das possíveis obras que inspiraram as produções desse pintor. As imagens produzidas por Ticiano que foram, em sua grande maioria, inspiradas por textos do poeta Ovídio, são repletas de si

gnificações mitológicas, embora essas significações não fossem reconhecidas pelos apreciadores da época, que viam principalmente o apelo erótico da imagem.



Outras imagens eróticas da era da arte




Vénus sortant du bain, dite aussi, La Baigneuse, 1767


Christophe-Gabriel Allegrain Escultor Francês (1710-1795)
















Venus von Urbino, 1538

Ticiano















Three Bathers, 1913


Ernst Ludwig Kirchner
Pintor e Escultor Alemão, (1880-1938)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Fichamento

Fichamento


A era a arte: da reverência ao prazer

• O declínio da idolatria começou com a Reforma Protestante – Martinho Lutero, um religioso do cristianismo, não concordava com alguns preceitos da Igreja Católica, principalmente com o engodo que se faziam contra as pessoas que adoravam e compravam imagens acreditando que seriam levados à salvação. Em um dos textos redigidos, Lutero designou essas artes como “falsas boas artes” e que desviam o amor a Cristo (verdadeiro) passando a adorar a própria imagem.

• A arte era considerada como uma nobreza filosófica e percebida como um modelo de estetização – A imagem, na era da arte, inspira o prazer, o amor, por que nesse momento ela tem valor artístico e não religioso. A imagem torna-se objeto de apreciação; não se discute a sacralização, mas sim o belo em termo de representação. Nessa era os artistas são muito prestigiados devido a sua genialidade e suas obras tornaram-se palco para comentários e teses.

• A autonomia da arte – a arte conquista autonomia: ela não precisa ser mais encomendada pela Igreja. Os artistas têm a liberdade para representar o mundo tal como ele vê sem passar por represálias do mundo religioso. O que importa nessa era é a auto-afirmação do pensamento, é o que o artista pensa e representa.

• Autonomia do artista – como o artista conseguiu uma autonomia em relação ao poder religioso, ele passou a comercializar as suas obras. Qualquer pessoa que dispusesse de uma economia equivalente ao valor fixado poderia comprar. E além do mais, as suas obras eram identitárias com o estilo de classe que a consumia.

• A representação das obras de arte – com a liberdade para fazer obras do ponto de vista, os artistas também se preocuparam com as impressões que determinada obra poderia representar. Portanto, os artistas trabalharam com detalhes para aproximar a aparência do real: a perspectiva.

• Difusão da arte – devido ao fato de a arte ser consumida por diversas camadas sociais, ela ganhou espaço coletivo: o teatro e também a dança e o cinema. Ficaram mais conhecidas como artes plásticas e livres para serem repensadas de um modo particular.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Texto: A Imagem - Octavio Paz - Por Mariana Oliveira

A angústia do ser humano em compreender a sua essência o leva a cair no abismo, onde ora tudo parece ser explicado pela dialética, ora pela consciência espiritual. É, basicamente, esse abalo incondicional do ser que o texto A imagem, de Octavio Paz retrata. De imediato, o autor proporciona a refletirmos sobre a diferença do que é a imagem em seu sentido único e imagem representada através dos signos. O primeiro seria tudo criado pela nossa imaginação sem que fosse designado a dizer que isto é isto e aquilo é aquilo; o segundo seria o oposto: a imagem conceituada através da retórica que diz o que é e o que não é. Portanto essa dualidade de significados nos remete a perceber que a imagem ao mesmo tempo que representa uma só realidade permite a pluralidade do real.Os diversos significados de uma só imagem são fundamentados pelo pressuposto da verdade, a qual é questionada devido ao fato de não existir algo concreto que comprove-a. Surge uma permissão de liberdade em quebrar a função das dicotomias com a realidade. O indivíduo, nesse momento, não precisa se referenciar no sentido da linguagem, ele é livre para recriar a verdade a partir da sua existência. Assim, a imagem e o sentido são reveladores do imaginário de quem faz o próprio sentido.

A imagem -Natália Sampaio

Segundo o autor Octavio Paz, a imagem tem significados que vão ganhando sentidos dependendo de quem as observa. Toda imagem aproxima ou conjuga realidades opostas entre si, submetendo-se uma unidade da pluralidade do real. O autor aborda em seu texto a questão da dualidade sob a ótica das tradições ocidentais e orientais, no Ocidente a dualidade seria conceituada como algo contrário, já no Oriente, signos completamente opostos dependendo da abordagem podem ser considerados complementos.
Segundo Octavio Paz, a poesia possibilita algo mais que dizer a verdade, pois cria sua própria lógica, para o poeta suas imagens nos dizem algo sobre o mundo e sobre nós mesmos e esse algo, ainda que pareça um disparate, nos revela de fato o que somos. Diferente da frase que sempre faz referência à outra, a imagem explica-se a si mesma, sentido e imagem são a mesma coisa, sustentada em si mesmo ela é o seu sentido.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

“A imagem”

Por Marcela Gonçalves

Nos primeiros parágrafos o autor Octávio Paz aborda uma única expressão relativa à imagem de percepção do imaginário. Depois, se aproxima mais do real dissecando conceitos científicos, que se chocam com os conceitos quase fixos de idealização poética das coisas (efeitos que o autor chama de redução racional de indivíduos e objetos). A ciência consegue que a imagem no sentido imaginário se dissolva em especulações praticamente frias e sem brio, fenômeno que não ocorre com a poesia, nela “Os elementos da imagem não perdem seu caráter concreto e singular”. A poesia, portanto descreve o possível com tal penetrabilidade que tende a ser concebida como algo irreal, assim sendo, o valor associativo das coisas se revela como o abrir de asas de uma borboleta e não como o cair de uma pedra... Claro que as coisas se tornam mais concebível quando são postas sobre uma ótica poética, elas sempre se tornam mais plausíveis. como por exemplo, acreditar que o ser humano surgiu feito por seres superiores (deuses) e com um propósito puro e belo, do que acreditarmos que nascemos de uma explosão catastrófica e/ou surgimos pela evolução de macacos sem nenhuma função ou sentido aparente. Porém o que é necessário (sem sombras de dúvidas) é a existência de ambos os conceitos (poético e científico). Paz acredita que o homem sempre se deixou dominar pela imagem pois, os poetas conseguem revelar o não visto. É peculiar que de uma forma geral se perceba que conceitos concretos e poesia se entrelaçam, e mesmo em campos opostos, existe um mecanismo que os une de maneira definitiva. Chuang-Tsé explica como funciona a relação entre os opostos. ”Não há nada que não seja aquilo. Isto vive em função daquilo (...). A vida é a vida diante da morte(...). A dialética – imagem – desafia e viola as leis do pensamento”.Pedras são plumas sem deixar de serem pedras...”. Não existe modificação real, o que existe é o modo de se ver. Na poesia o que se nota variavelmente é o olhar para um mundo totalmente possível sem deixar (é claro) que se percam suas respectivas texturas e individualidades. A realidade da imagem pode ser traduzida pela crença oriental que acredita que a verdade é uma experiência pessoal. Encontra-se incomunicável, portanto, compete a cada um fazer uma verdadeira imagem do que vê, e recriá-la de uma forma poética ou não.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

A Imagem - Octavio Paz

Aluno: Dimitri Vasconcelos Santos

Ja no inicio do texto Octavio Paz amplia de o conceitua imagem de uma forma diferente da que comumente é usad, dizendo que imagem é toda "expresssão verbal, frase ou conjunto de frases que unidas compõemum poema".A imagem poética é capaz de abarcar diversos significados, muitas vezes opostos, que conseguem representar a realidade com toda a sua pluraliadade de sentidos.A ciência com sua racionalidade consegue apenas descrever a realidade mas apenas superficialmente criando apenas uma pobre descrição de caracteristicas fisicas, enquanto que o poema consegue manipular de tal forma as palavras que elas passam causar a mesma sensação de sentir o real ainda que produzindo imagens claramente irreais: as pedras são plumas, isto é aquilo.
Ao abarcar idéias aparentemente irreconciliáveis a imagem poética vai contra o modo de pensar estritamente racional da ciência, principalmente no ocidente onde os pensamentos iluministas e o raciocínio de filósofos como Socrates e Platão são estrelas guia do pensar. Com isso a ciência relegou a imagem poética um papel de coadjuvante na representação do real.O que não acontece em culturas orientais como o taoismo, hinduismo, budismo que consideram a oposição entre isso e aquilo necessário relativa.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A Imagem - Octavio Paz

Aluno: Raphael Silva Rios Nascimento

Octavio Paz afirma em seu texto como o pensamento ocidental sempre se baseou em uma dicotomia simples: "isto ou aquilo". Assim, tudo o que não fosse idéias claras e definidas, acaba sendo submetida à clandestinidade, como acontece com a mística e a poesia. E o exílio da poesia, acaba fazendo com que o homem ocidental se distancie de si mesmo e do mundo ao seu redor. Já o pensamento oriental não sofre de tal revés. A fórmula oriental é simples: "Tu és aquilo". É nisso que se baseiam os filósofos budistas, os exegetas do hinduísmo e os seguidores do taoísmo. Todas essas doutrinas se baseiam que a oposição entre isto e aquilo é ao mesmo tempo relativa e necessária, mas que há um momento em que esse cessa a inimizade entre estes termos tão antônimos na linguagem. A linguagem é significado: sentido de isto ou aquilo, onde cada vocábulo possui significados distintos, que são mais ou menos conexos entre si. Porém, apesar de se basear em uma infinidade de significados, no momento em que os ordenamos em uma frase, todas as possibilidades se fixam em um único sentido. Já a imagem poética, a pluralidade dos significados não desaparece. Todas as palavras mantêm seus valores, sem excluir seus significados primários, secundários e assim por diante. As imagens feitas por um poeta possuem sentido nos mais diferentes níveis possíveis. Pois aqui trata-se de uma verdade psicológica, a expressão da visão do poeta do mundo, a realidade de sua própria existência.