terça-feira, 30 de setembro de 2008
Por Marcela Gonçalves
Danae de Ticiano
(1490-1576)
Museu do Prado
A estátua Idílio
ou O beijo Eterno
de William Zadig
Vê-se nesse texto uma figuração do poder da arte e de sua fruição, a capacidade do autor de produzir todo um sentido através de uma obra. Esse quase dom de dizer não dizendo pode levar-nos ao padecer de luxúria. Não em uma luxúria vulgar, mais sim uma erótica, pois é do erotismo puro e tentador de que fala o texto, da capacidade que uma imagem possui de exercer um dado fascínio através do olhar, produzindo um desejo quase inefável de participar do que se vê. De uma forma direta ou indiretamente o espectador-fruidor encontra-se sexualmente inserido no espetáculo da arte. Nesse texto em especial a utilização da imagem feminina, pois segundo o autor ele é a personificação do erótico, outra arma do erotismo é a figuração e a mistificação do ato pleno que vai de um simples prazer estético (artigo de luxo) ao puro prazer carnal (sexual).
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
Ticiano, Ovídio e os Códigos da Figuração Erótica no século XVI
Nascimento de Vénus, Botticell
Bronzino - Vénus, Cupido e as Paixões do Amor. 1540-1545
Por MARIANA OLIVEIRA
Ambigüidade. Essa palavra é a ideal para resumir a proposta do texto, que retrata sobre as artes eróticas num período e contexto de idolatria às imagens religiosas. Artistas como Agostinho e teólogos como Politi e Malanus são figuras que tentaram interpretar e explicar essa dualidade das artes.
A imagem erótica, no século XVI, propôs ao espectador-fruidor uma excitação sexual de modo deliberado. A hierarquia católica explicava-nas afirmando que era uma maneira de controlar a vida sexual e estabelecer uma relação com os fiéis. Porém, por razões históricas, o espectador-fruidor era sempre do sexo masculino e as imagens intencionalmente eróticas reservadas à elite com propósitos culturais e estilísticos – o mitológico – explicadas pela arte clássica. Ou seja, a religião era paradoxal quanto aos conceitos sacros e a massa era inerente tanto às imagens eróticas supra-intencionais quanto a interpretação a existência das mesmas.
Ticiano, Ovídio e os códigos da figuração erótica no século XVI
Comunicação Social - II semestre
Discente: Natália Sampaio
Disciplina: Teorias da Imagem
Docente: Otávio Filho
O texto de Carlo Ginsburg aborda a relação da igreja com as imagens eróticas durante o século XVI. Nesse período existia uma forte tentativa por parte da igreja em controlar a vida sexual da sociedade, o público de massa não poderia ter acesso á qualquer tipo de imagem que despertasse o erotismo, elas só eram representadas em um circuito privado direcionado á elite.O autor analiza as obras de Ticiano inspirada em Ovídio para demonstrar como que os artistas do século XVI utilizavam á mitologia clássica para disfarçar a intencionalidade erótica da obra.
VENUS DE URBINO, DE TICIANO
domingo, 28 de setembro de 2008
Comentário - Ticiano, Ovidio e e os códigos da figuração erótica nos séculos XVI e XVII
Santa Maria Madalena (Madalena penitente), de Ticiano - 1530-1535
Retrato de Mulher Nua, de Rafael Sanzio - 1518-1520
Bacanal, de Ticiano
sábado, 27 de setembro de 2008
Ticiano, Ovidio e e os códigos da figuração erótica nos séculos XVI e XVII
Nesse texto Carlo Ginsburg inicialmente comenta sobre como a Igreja visando ter o controle total da vida sexual dos fiéis bane qualquer traço de erotismo nas imagens que utilizava para o ensinamento da Bíblia. Essa restrição das imagens acaba criando uma dicotomia , inclusive de público, entre imagens sacras e eróticas.O erotismo ficou restrito a imagens que eram fruídas de forma privada somente por nobres.
O autor esclarece imagem erótica como uma imagem que pretende, mesmo que não exclusivamente, excitar sexualmente o seu espectador, criando uma identificação do espectador( que era exclusivamente homens) com as ações dos personagens representados.
O autor analisa algumas pinturas de Ticiano ao mesmo tempo em que comenta algumas considerações de estudiosos a respeito das possíveis obras que inspiraram as produções desse pintor. As imagens produzidas por Ticiano que foram, em sua grande maioria, inspiradas por textos do poeta Ovídio, são repletas de si
gnificações mitológicas, embora essas significações não fossem reconhecidas pelos apreciadores da época, que viam principalmente o apelo erótico da imagem.
Outras imagens eróticas da era da arte
Vénus sortant du bain, dite aussi, La Baigneuse, 1767
Venus von Urbino, 1538
Ticiano
Three Bathers, 1913
Ernst Ludwig Kirchner Pintor e Escultor Alemão, (1880-1938)
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Fichamento
A era a arte: da reverência ao prazer
• O declínio da idolatria começou com a Reforma Protestante – Martinho Lutero, um religioso do cristianismo, não concordava com alguns preceitos da Igreja Católica, principalmente com o engodo que se faziam contra as pessoas que adoravam e compravam imagens acreditando que seriam levados à salvação. Em um dos textos redigidos, Lutero designou essas artes como “falsas boas artes” e que desviam o amor a Cristo (verdadeiro) passando a adorar a própria imagem.
• A arte era considerada como uma nobreza filosófica e percebida como um modelo de estetização – A imagem, na era da arte, inspira o prazer, o amor, por que nesse momento ela tem valor artístico e não religioso. A imagem torna-se objeto de apreciação; não se discute a sacralização, mas sim o belo em termo de representação. Nessa era os artistas são muito prestigiados devido a sua genialidade e suas obras tornaram-se palco para comentários e teses.
• A autonomia da arte – a arte conquista autonomia: ela não precisa ser mais encomendada pela Igreja. Os artistas têm a liberdade para representar o mundo tal como ele vê sem passar por represálias do mundo religioso. O que importa nessa era é a auto-afirmação do pensamento, é o que o artista pensa e representa.
• Autonomia do artista – como o artista conseguiu uma autonomia em relação ao poder religioso, ele passou a comercializar as suas obras. Qualquer pessoa que dispusesse de uma economia equivalente ao valor fixado poderia comprar. E além do mais, as suas obras eram identitárias com o estilo de classe que a consumia.
• A representação das obras de arte – com a liberdade para fazer obras do ponto de vista, os artistas também se preocuparam com as impressões que determinada obra poderia representar. Portanto, os artistas trabalharam com detalhes para aproximar a aparência do real: a perspectiva.
• Difusão da arte – devido ao fato de a arte ser consumida por diversas camadas sociais, ela ganhou espaço coletivo: o teatro e também a dança e o cinema. Ficaram mais conhecidas como artes plásticas e livres para serem repensadas de um modo particular.
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Texto: A Imagem - Octavio Paz - Por Mariana Oliveira
A imagem -Natália Sampaio
Segundo Octavio Paz, a poesia possibilita algo mais que dizer a verdade, pois cria sua própria lógica, para o poeta suas imagens nos dizem algo sobre o mundo e sobre nós mesmos e esse algo, ainda que pareça um disparate, nos revela de fato o que somos. Diferente da frase que sempre faz referência à outra, a imagem explica-se a si mesma, sentido e imagem são a mesma coisa, sustentada em si mesmo ela é o seu sentido.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
Por Marcela Gonçalves