sábado, 1 de novembro de 2008

Resenha crítica sobre o filme "Arquitetura da Destruição"

O filme Arquitetura da Destruição, cujo diretor é Peter Cohen, traça a trajetória de Hitler e o Nazismo mostrando a sua relação com as artes, tanto plástica quanto arquitetônica. O documentário apresenta a evolução de teorias radicais nazistas que tinham como objetivo purificar e embelezar o mundo. Segundo o contexto deste documentário, a arte, antes de qualquer coisa, é um produto do sentimento humano e como tal está em contato com tudo aquilo que é mais profundo e obscuro do homem. Por ter influência justamente nessa área das idéias, da intelectualidade que arte passa a se tornar uma poderosa ferramenta de manipulação.

Hitler, muito antes de se tornar o Führer, desejava ser um artista. Fez várias pinturas, mas acabou sendo rejeitado por diversas escolas de arte da época, sendo aconselhado a se enveredar na arquitetura, mas assim como na pintura, nunca deixou de ser medíocre. Porém, a Alemanha, por meados da década de 30, vivia uma conturbação quanto à organização da sociedade devido às crises econômicas provocada pela Primeira Guerra Mundial. A Grande Depressão foi a crise culminante para que o país europeu entrasse em colapso. É nesse contexto, então, que surge o nazismo, com ideologias políticas de criar um mundo mais harmonioso, mas o qual tinha aversão aos judeus, aos homossexuais e às mulheres. Com uma meteórica ascendência ao poder, Hitler, o primeiro-ministro ou o chanceler desse novo partido, passou a se utilizar da arte para conceber suas ideologias. Ele acreditava que a dicotomia da ilusão e realidade da arte faria o homem um ser pensante e, portanto superior aos demais (principalmente os que não pertenciam à sua raça: ariana.).

Nesse filme fica claro como a arte tem o poder não só de refletir o que existe na alma humana, mas também de construir ideologias. Não bastou somente o governo nazista utilizar a “ciência”, vincular as idéias falsas de um empobrecimento da raça para que toda uma nação se levantasse contra o mundo, foi preciso fazer com que eles acreditassem que realmente eram superiores que os demais, e essa imagem foi construída inflando o ego dos alemães através das esculturas, pinturas e arquitetura que representavam as características elevadas da raça ariana. Hitler quis alienar as pessoas alemãs, que associou a beleza estética da arte à comprovação de saúde, ou seja, os indivíduos além de serem produtores de artes para não se sentirem inferiores à classe elitista teriam que fazê-las para demonstrar uma boa qualidade de vida. A arte moderna demonstrava as doenças de seus criadores. A arte alemã, a intelectualidade, a saúde.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Contraponto dos textos: Ticiano, Ovídio, e os códigos da figuração erótica do século XVI, e a matéria do jornal Folha de São Paulo

Por Marcela Amaral Bispo Gonçalves

Segundo uma matéria publicada dia 05/10/2008, pelo jornal Folha de São Paulo- RJ, a escola Parque, situada no bairro “aristocrático” da gávea demitiu o professor de literatura Oswaldo Martins Teixeira tendo como motivo o fato de que Teixeira escreve poemas eróticos.Entre esses princípios de uma sociedade que se auto-denomina “liberal”, o que se pode deduzir desse tipo de censura (além de uma total covardia) é que se tratada de uma mera repercussão (ou continuação) do que já foi visto no século XVI, quando os amantes e proferidores da figuração erótica já idôneos em relação À arte, não agradavam a Igreja católica que se sentia no direito de protestar contra o erotismo carregando a ideologia de que esse tipo de expressão regem frutos impuros.
Os pais de alunos desta já citada instituição cometeram o mesmo erro que , segundo o texto “ Ticiano, Ovídio, e os códigos da figuração erótica no século XVI” santo Agostinho cometeu ao adjetivar esse tipo de arte como “licenciosa” e “nefasta”, porém, um erro maior se permite com essa ação inibir a arte, anular qualquer privilégio de conceber uma noção superior de arte .Esse censo de “desestimulação à expansão cultural” deixa uma infinidades de lacunas na sociedade daquela época ,crateras de raciocínio tão imensas que se repercutem até hoje na contemporaneidade.Esta noção acaba estimulando um outro pensamento, o qual define a sábia noção de como é ridículo questionar a arte .Não se pode impelir o desejo carnal fingindo que o mesmo não existe. Não devemos questionar pensadores quando nos explicam da forma mais excepcional e poética tais fenômenos.

Contraponto crítico entre os textos da Folha de São Paulo e o de Carlos Ginzburg - Ticiano, Ovídio e os códigos da figuração erótica no século XVI.

Universidade Estadual de Santa Cruz
Disciplina: teorias da imagem
Docente: Otávio Filho
Discente: Natália Sampaio da Silva


As obras de arte que retratam o erotismo sempre ficaram sujeitas a censura na sociedade, podemos citar como exemplos as pinturas de Ticiano no século XVI que foram duramente criticadas pela igreja ao representar uma má influência aos fieis daquela época, já na atualidade um bom exemplo de censura seria o caso do professor e poeta Oswaldo Martins Teixeira que lecionava em uma escola particular do Rio de Janeiro e foi demitido por publicar em seu blog pessoal poemas eróticos.Nos dois casos citados existe uma tentativa por parte de uma classe "dominate" em censurar temas relacionados á sexualidade humana. Essa tentativa de censura só faz com que o tema seja cada vez mais procurado,assim quanto mais existir repressão sexual mais espaço a pornografia ganha na sociedade,conduzir a sexualidade de forma libertar a pessoa de preconceitos e de ignorâncias e ao mesmo tempo valorizá-la para ser vivida de forma responsável indica um alto grau de maturidade.

Contraponto entre o texto Ticiano, Ovídio e os Códigos da Figuração Erótica no século XVI e o texto sobre a exoneração de Oswaldo Teixeira

POR MARIANA OLIVEIRA


A imagem (ou arte) erótica sempre foi e ainda é motivo para discussão social devido ao fato de representar a frustrada intimidade do ser humano e suas relações e por esse mesmo motivo ser analisada de maneira preconceituosa.
Em suas primeiras manifestações eróticas (século XV e XVI) a arte passou a representar uma série de problemas passando a ter o poder de causar efeitos nefastos, segundo os críticos da época. Um dos primeiros questionamentos era sobre a idolatria dessas imagens e os impactos conturbadores que estas causariam. Nesse período, a religião era controladora das atitudes particulares dos indivíduos, tendo a capacidade de designar quais ações deviam ser tomadas conforme a classe e o sexo. Portanto, pode-se perceber que desde as primeiras aparições da arte erótica há uma maneira de manipular as consumições desse produto visto que sempre foi objeto dicotômico entre a vulgaridade e a sublimação, sacralização e o pecado.
Na contemporaneidade (fala-se aqui do século XXI) a visão preconceituosa ainda impera sobre o erotismo. Televisão, revista, rádio, enfim, diversos meios de comunicação fazem campanhas e propagandas sobre o uso de preservativos, de doenças sexualmente transmissíveis e para a sociedade falar em sexualidade, em libido é um abismo intangível. Isso é medo ou vergonha do não saber realmente o que o sexo proporciona?
É inexplicável como na pós-modernidade ainda é possível censurar um direito: o direito de expressar o que pensa e sente, principalmente, sobre algo cotidiano, comum. A exoneração do cargo de professor de Oswaldo Teixeira (docente de uma escola particular do Rio de Janeiro) publicada no jornal Folha de São Paulo, devido o preconceito dos pais dos alunos sobre as suas artes eróticas não passa de uma ignorância e de egocentrismos e que deve ser levado à justiça para que além de ser provada a intencionalidade do professor, fazer a sociedade repensar sobre a liberdade de expressão e o quão é importante tratar desse assunto para com os jovens.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Contraponto crítico entre os textos da Folha de São Paulo e o de Carlo Ginzburg - Ticiano, Ovídio e Os Códigos da Figuração Erótica no séc. XVI.

ALUNO: Raphael Silva Rios Nascimento


Vivemos em uma sociedade que poderia ser considerada utópica há apenas algumas décadas atrás. Diversos tabus acabaram sendo quebrados, tradições desfeitas e mulheres e negros, por exemplo, antes tão discriminados e deixados à parte, passaram a ter um papel muito mais atuante em toda a sociedade, tanto culturalmente, politicamente como economicamente.
Porém, algo tão natural como o sexo, ainda sofre de um terrível preconceito, que data já desde o século XVI, época em que o erotismo começava a se expandir através das obras de Ticiano, Rafael Sanzio e de muitos outros, e começaram a incomodar principalmente a Igreja, a instituição que dominava o pensamento de toda a sociedade.
Hoje, a situação, infelizmente não difere muito da de séculos atrás, como bem mostra a situação do poeta e professor de literatura Oswaldo Martins Teixeira, demitido no dia 11 de setembro da Escola Parque no Rio de Janeiro. Todo esse problema aconteceu devido ao fato de alguns de seus alunos terem encontrado poesias eróticas de autoria do professor em seu blog na internet.
Os pais dos alunos que acabaram descobrindo sobre os textos, acabaram pressionando a escola para que cuidasse do assunto, resultando na posterior demissão do professor. Casos como esse se repetem em vários outros lugares mas esse soa ainda mais absurdo por se tratar um colégio que tinha a fama de ser um dos mais liberais do estado do Rio de Janeiro. Se antes a igreja era a grande reguladora da vida das pessoas, hoje é o dinheiro na mão que decide os rumos que a sociedade, por mais obscuros que eles possam vir a se tornar.


domingo, 12 de outubro de 2008

Censura e erotismo - contra ponto entre ticiano, Ovidio e os códigos da figuração erótica no séc. XVI e os textos da folha de São Paulo

Aluno: Dimitri Vasconcelos Santos




Sempre alvo de represálias, o erotismo é repudiado e combatido desde a Idade Média pela a Igreja que visava ter um controle absoluto da vida dos seus fiéis. Nessa época o sexo era publicamente aceitável somente para fins de reprodução, não podia ser de forma nenhuma uma busca por prazer.
Em seu texto ”Ticiano, Ovídio e os códigos da figuração erótica no seculo XVI” Carlos Ginzburg diz que uma imagem erótica “em sentido restrito, é uma imagem que se propõe de modo deliberado excitar sexualmente o seu espectador-fruidor”. Com as proibições da Igreja o erotismo ficava sempre restrito ao particular, ao privado.
Atualmente mesmo numa época em que, teoricamente, todos defendem a livre expressão de pensamento, nossa sociedade mostra que nem mesmo as luzes do iluminismo conseguiram apagar os estigmas medievais em relação ao erotismo. Uma prova de que nossa sociedade ainda não saiu completamente do período das trevas foi o recente episódio da demissão de um professor de literatura no Rio de Janeiro. Ao descobrirem que o professor publicava poesias eróticas em seu blog na internet, os pais dos alunos pressionaram o colégio para que o demitisse.
Novamente perseguido por resquícios da Igreja medieval que agora se camufla atras da idéia da “moral e bons costumes”, o erotismo continua sendo abertamente condenado.
Esse incidente absurdo é a demonstração mais clara da hipocrisia e atraso da nossa sociedade atual, que se esconde atrás de um rótulo de uma sociedade democrática, moderna e liberal, mas que na realidade ainda não entende que vivemos agora em uma sociedade da informação livre; uma sociedade que não vê que já não se pode mais controlar tudo que é visto e produzido.
Fatos como esse e tantos outros que ocorrem diariamente em outras áreas e com diferentes intensidades, mostram a real importância do avanço que foram dos ideais iluministas e humanistas para a construção de uma sociedade ideal.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Comentário do texto "Ticiano, ovídio e os códigos da figuração erótica no século XVI"
Por Marcela Gonçalves




Danae de Ticiano
(1490-1576)
Museu do Prado


A estátua Idílio
ou O beijo Eterno
de William Zadig



Vê-se nesse texto uma figuração do poder da arte e de sua fruição, a capacidade do autor de produzir todo um sentido através de uma obra. Esse quase dom de dizer não dizendo pode levar-nos ao padecer de luxúria. Não em uma luxúria vulgar, mais sim uma erótica, pois é do erotismo puro e tentador de que fala o texto, da capacidade que uma imagem possui de exercer um dado fascínio através do olhar, produzindo um desejo quase inefável de participar do que se vê. De uma forma direta ou indiretamente o espectador-fruidor encontra-se sexualmente inserido no espetáculo da arte. Nesse texto em especial a utilização da imagem feminina, pois segundo o autor ele é a personificação do erótico, outra arma do erotismo é a figuração e a mistificação do ato pleno que vai de um simples prazer estético (artigo de luxo) ao puro prazer carnal (sexual).