segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Ticiano, Ovídio e os Códigos da Figuração Erótica no século XVI


Nascimento de Vénus, Botticell



Bronzino - Vénus, Cupido e as Paixões do Amor. 1540-1545



Por MARIANA OLIVEIRA


Ambigüidade. Essa palavra é a ideal para resumir a proposta do texto, que retrata sobre as artes eróticas num período e contexto de idolatria às imagens religiosas. Artistas como Agostinho e teólogos como Politi e Malanus são figuras que tentaram interpretar e explicar essa dualidade das artes.
A imagem erótica, no século XVI, propôs ao espectador-fruidor uma excitação sexual de modo deliberado. A hierarquia católica explicava-nas afirmando que era uma maneira de controlar a vida sexual e estabelecer uma relação com os fiéis. Porém, por razões históricas, o espectador-fruidor era sempre do sexo masculino e as imagens intencionalmente eróticas reservadas à elite com propósitos culturais e estilísticos – o mitológico – explicadas pela arte clássica. Ou seja, a religião era paradoxal quanto aos conceitos sacros e a massa era inerente tanto às imagens eróticas supra-intencionais quanto a interpretação a existência das mesmas.

Nenhum comentário: