terça-feira, 14 de outubro de 2008

Contraponto dos textos: Ticiano, Ovídio, e os códigos da figuração erótica do século XVI, e a matéria do jornal Folha de São Paulo

Por Marcela Amaral Bispo Gonçalves

Segundo uma matéria publicada dia 05/10/2008, pelo jornal Folha de São Paulo- RJ, a escola Parque, situada no bairro “aristocrático” da gávea demitiu o professor de literatura Oswaldo Martins Teixeira tendo como motivo o fato de que Teixeira escreve poemas eróticos.Entre esses princípios de uma sociedade que se auto-denomina “liberal”, o que se pode deduzir desse tipo de censura (além de uma total covardia) é que se tratada de uma mera repercussão (ou continuação) do que já foi visto no século XVI, quando os amantes e proferidores da figuração erótica já idôneos em relação À arte, não agradavam a Igreja católica que se sentia no direito de protestar contra o erotismo carregando a ideologia de que esse tipo de expressão regem frutos impuros.
Os pais de alunos desta já citada instituição cometeram o mesmo erro que , segundo o texto “ Ticiano, Ovídio, e os códigos da figuração erótica no século XVI” santo Agostinho cometeu ao adjetivar esse tipo de arte como “licenciosa” e “nefasta”, porém, um erro maior se permite com essa ação inibir a arte, anular qualquer privilégio de conceber uma noção superior de arte .Esse censo de “desestimulação à expansão cultural” deixa uma infinidades de lacunas na sociedade daquela época ,crateras de raciocínio tão imensas que se repercutem até hoje na contemporaneidade.Esta noção acaba estimulando um outro pensamento, o qual define a sábia noção de como é ridículo questionar a arte .Não se pode impelir o desejo carnal fingindo que o mesmo não existe. Não devemos questionar pensadores quando nos explicam da forma mais excepcional e poética tais fenômenos.

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